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daquilo que vibra

poesia, opinião e devaneios; ou tudo isso junto e temperado

segunda-feira, maio 29, 2006

Um olhar educativo



Não tinha como não colocar aqui este e-mail da minha professora de Projeto em TV. São de educadores humanos como ela que o Brasil precisa, e quando eles existem, precisam ser valorizados. Parece uma percepção simples o que ela escreveu, mas em quatro anos de faculdade encontrei muito poucas pessoas como ela, que realmente sabe o significado da palavra "professor".
Isso foi no sábado passado, quando fomos gravar o documentário na Ilha da Pintada.

ILHA DA PINTADA

Luiza Carravetta

Ontem, o dia estava lindo, o sol brilhando com seus raios de luz espargindo em todas as direções. A alegria do convívio com jovens alegres e felizes completava um sábado que poderia ter sido monótono.
O contraste de uma paisagem colorida de todos os matizes confundia-se com uma vida simples de pessoas que vivem do próprio local, fazendo da pesca o seu sustento e, do seu jeito, parecendo realizadas e integradas no seu mundo.
Talvez, para alguns de nós, aquele conceito de vida choque. Será que é por que temos muito? Será que os nossos problemas são maiores do que os que afligem aquelas pessoas? Somos exigentes demais? Nos contentamos com pouco?
A ilha da Pintada não é a ilha da fantasia. É uma ilha pintada com as histórias do seu Salomão e do seu Maroca, com as da ex-pescadora dona Sila, com as memórias da dona Terezinha, com as cores das telas da Izabel.
Os nossos atores sociais são vivos, de carne e osso, e a ilha é tão linda quanto a imagem, refletida nos seus olhos.
São eles que eternizam a beleza, contida no verde, na água, no contraste com a cidade de concreto, delineada na linha do horizonte de uma outra realidade.
São eles que nos interessam como seres humanos, poetas de um cotidiano de vidas niveladas, somente quebradas pelas ondas que chegam às margens, balançando as palafitas e agitando os corações.
São os olhos da realidade que nos fazem refletir sobre a vida da Ilha da Pintada, mas são os olhos da imaginação que nos permitem visualizar sonhos, descobrir a beleza da simplicidade, a verdade do ser humano.
Deus está no detalhe: na isca do anzol, no peixe fisgado na rede, no remo do barco, manobrado pelo menino, no decalco da janela de vidro “Deus é jóia, o resto é bijuteria”.
Deus está na Ilha da Pintada, Deus está em nossas vidas, Deus nos torna irmãos. Deus nos permite aprender sempre.
Meus queridos alunos, meus queridos amigos: agradeço a Deus a oportunidade de tê-los colocado na minha vida e de ter tido a oportunidade de conhecer mais de perto uma realidade tão distante da minha, mas não menos sensível ao meu coração.
Quem sabe se não é esse o toque de que o documentário precisa?
Luz e Paz.
Luiza

quarta-feira, maio 03, 2006

Palavras para ler nem sempre falam


O ser humano escreve porque questiona
A aceitação se faz quando as coisas tornam-se simples, com equilíbrio
E aí não precisa dizer nada
Quando não sabemos, gritamos, perguntamos
Se calamos a voz, ligamos o pensamento
Mas não há aceitação, há divagação que pode virar escrita
E tantas palavras para ler,
tanta poesia, tantos ensaios e mundos fantásticos que cabem no papel
Enquanto um gesto pode silenciar tudo

Existem momentos em que não sabemos dizer nada,
mas no papel pode nascer um universo
Há cenas que não temos como contar,
mas quando escritas podem passar o mesmo arrepio que sentimos na barriga
Há imagens que nos tocam da mesma maneira
Mas têm coisas que só podem ser vividas e nada mais
Nem uma foto, nem um livro, nem um filme ou uma canção
podem nos mostrar algumas raridades que a vida apresenta

E estas coisas que só podem ser "entendidas" se vividas
são tão simples e perfeitas que quem não passa
por estas experiências nunca irá sentir, nem ao menos imaginar,
a batida no coração que elas provocam
Ser mãe é uma delas
Vibrar com isso não tem palavras, nem escritas, nem vistas e nem ditas